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ANÁLISE

Âncora 1

Estudo Preliminar de Risco 

FERROVIA

Gabriel Ramirez Jordão
Engenheiro Agronômo, Especializado em Segurança do Trabalho pela Universidade de São Paulo.
Atualmente é Gerente Corporativo de SSMA da Brasiliano INTERISK.

Este artigo foi baseado em um estudo de caso real realizado em um
sistema ferroviário e mostra na prática, os conceitos da gestão de riscos e
métricas parametrizadas na matriz de riscos do software INTERISK.

1. Introdução

No contexto atual, a ferrovia apresenta considerável avanço e importância na logística e economia brasileira, sendo assim, discute-se muito e com elevado interesse, o investimento em saúde e segurança do trabalho, onde houve uma readequação e mudança na forma de trabalhar em todo o território nacional. Este fato associado a fatores tais como: trabalho extremamente pesado, absorção de mão de obra não qualificada, capacitação do pessoal envolvido nas frentes de trabalho, terceirização dos serviços, logística de produtos perigosos, exposição aos riscos da via permanente, entre outros, tornaram esta atividade potencialmente geradora de acidentes.
 

Em função disto e com o intuito de promover melhorias é que os requisitos legais de segurança do trabalho têm sido revisados constantemente, porém os altos índices de acidentes refletem a necessidade de se utilizar uma metodologia mais adequada para análise prévia dos riscos em que os funcionários estão expostos, podendo ocasionar paralisação, lucros cessantes e inclusive causar perda de vidas humanas caso esses riscos não sejam gerenciados. 
 

2. Objetivo

O principal objetivo deste artigo consiste na identificação dos riscos e análise qualitativa dos riscos existentes nas unidades e processos em empresa do ramo de logística ferroviária e seus desdobramentos através da metodologia APR (Análise Preliminar de Riscos).


A metodologia empregada foi a Análise Preliminar de Risco (APR), que é uma técnica qualitativa utilizada para a identificação prematura dos riscos potenciais existentes em unidades industriais e sua classificação (qualitativa) em termos de frequência de ocorrência, severidade e risco. Está técnica é prevista e regulamentada internamente na empresa através de procedimento, que descreve a metodologia e aplicação do estudo

 

3. Metodologia de trabalho

Os trabalhos para identificação das situações de risco se deram através das seguintes etapas:

  • Definição dos processos macro à serem identificados;

  • Coleta de dados - Situacional;

  • Análise de riscos na ferramenta APR;

  • Treinamento da equipe técnica;

  • Ajustes e validações das APR criadas;

  • Consolidação dos Dados;

 

Na metodologia de levantamento de riscos foram realizados três levantamentos de riscos, são eles:

-    Risco Inerente - Sem adoção de medidas de controle;
-    Risco Residual - Com adoção de medidas de controle existentes na ferrovia estudada;
-    Projeção Futura - Projeção futura após implantação dos controles

 
3.1. Planilha modelo de APR

Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia

 
3.2. Critérios de probabilidade e impacto

Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia
Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia

4. Matriz de risco

Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia - software INTERTISK - matriz de risco
Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia - software INTERTISK - matriz de risco

5. Resultados

Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia
Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia
Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia

Conclusão

Neste trabalho foi utilizada a técnica de Análise Preliminar de Riscos, visando identificar os riscos decorrentes das atividades.


Os resultados da APR indicaram que a maioria dos cenários foi classificada como riscos MÉDIOS e BAIXOS. Os riscos médios continuaram se manifestando, mesmo após controles (não eficazes). Os riscos ALTOS e MUITO ALTOS, após a proposição de plano de ação visando melhorar os controles, poderão migrar de classificação diminuindo os níveis de riscos, tais como MÉDIOS e BAIXOS.


Ao lado, estão apresentadas as distribuições dentro das categorias de risco para as unidades analisadas, o fluxo a seguir demonstra que a implementação das recomendações pode reduzir em mais do que 50% o dano potencial de cada situação de risco. 

Revist Gestão de Riscos 114 - Análise de Riscos em ferrovia
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