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PONTO DE VISTA

Âncora 1

O REBELDE e o NEXIALISTA como alavancagem para enfrentar o MUNDO VICA

Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano, CRMA, CES, DEA, DSE, MBS
Doutor em Science et Ingénierie de L’Information et de L’Intelligence Stratégique, pela
Université East Paris - Marne La Vallée – Paris – França, é presidente da Brasiliano INTERISK.
abrasiliano@brasiliano.com.br

Aprendi, apanhando e a duras penas, que as coisas não são como parecem, não são uma verdade absoluta. As crenças sempre devem ser questionadas e confrontadas, para que possamos sair da “caixa” e pensar de forma mais profunda e aventurada.

Observei que as crenças são, geralmente, moldadas pelo medo, pelo senso de sobrevivência, e dão uma impressão de segurança, isto faz com que percamos oportunidades e deixemos de viver!!   


Neste momento que o mundo está passando, VICA – volátil, incerto, complexo e ambíguo, com questões, problemas extremamente difíceis, que mudam com alta velocidade e que temos que tomar decisões sem muitas informações, precisamos, mais do que nunca, dar um salto quântico na nossa consciência para encontrarmos as soluções adequadas.
 

Ampliar o nosso horizonte é fundamental neste momento, visando construir algo novo e bom, para sermos capazes de fazer a necessária inovação no modo como vivemos e trabalhamos. Ou seja, mudar o modelo de negócio da empresa, lançar produtos novos, empreender, são riscos que não podemos fugir, mas sim abraça-los e compreende-los para que possamos gerencia-los de forma eficaz.
 

O fato de não aceitar o “status quo” deve ser padrão nas empresas, visando a obtenção de uma visão aventurada do futuro. Posso citar aqui o mito Prometeu, o rebelde arrivista original, que roubou o fogo dos deuses e o compartilhou com a humanidade. Ao fazê-lo, proporcionou ao ser humano não apenas a luz e calor, mas o poder de semear a civilização a linguagem, a arte, a medicina, a tecnologia. Enfurecido ao ver simples mortais imbuídos do poder divino, Zeus acorrentou Prometeu a uma rocha, condenando-o por toda a eternidade a ter as entranhas devoradas por uma águia.


Esse contexto, sempre começa com um rebelde, um caçador, que está buscando sempre “O Fogo dos Deuses”. Esta rebeldia, ou transgressão dá resultado, pois o mundo fica mais excitante, e novas percepções surgem. Os guardiões da lei e da ordem – podemos chamá-los de sacerdotes – identificam a chama hedonista, encontram o rebelde e o prendem. Outro rebelde surge em seu lugar para iniciar novo ciclo.


Hoje, no mundo VICA – volátil, incerto, complexo e ambíguo – existe uma nova gama de Prometeus, executivos do Vale do Silício, cientistas divergentes, pessoas que acreditam em suas causas e por ela irão roubar “O Fogo dos Deuses”. Pessoas que possuem atitude diante de situações voláteis e incertas, exigindo decisões por vezes complexas e até ambíguas.

Embora a inovação tenha destruído alguns antigos trabalhos, historicamente, a inovação cria novos tipos de trabalho e modelos de negócios.


A gestão de riscos hoje, exige do executivo este espírito de rebeldia, ousadia e pensamento aventurado para que possa gerenciar os riscos, os desafios do século XXI. Podemos citar pelo menos cinco grandes desafios, segundo o Global Risk Report 2017 – World Economic Forum: “Os primeiros dois estão na categoria econômica, alinhados com o fato de que a crescente disparidade de renda e riqueza é classificado como a tendência mais importante em determinar os desenvolvimentos globais nos próximos 10 anos. Isso aponta à necessidade de reviver o crescimento econômico, mas o modo crescente do populismo sugere que ter passado do estágio onde apenas isso poderia remediar as fraturas na sociedade: reformar o capitalismo de mercado também deve ser acrescentado à agenda. Com as surpresas eleitorais de 2016 e o crescimento dos partidos antes periféricos frisando a soberania nacional e os valores tradicionais, as tendências sociais da crescente polarização e a intensificação do sentimento nacional estão classificados entre os cinco principais.


Portanto o próximo desafio enfrenta a importância da identidade e da comunidade. As rápidas mudanças de atitudes nas áreas tais como gênero, orientação sexual, raça, multiculturalismo, proteção ambiental e os menos instruídos se sentirem ultrapassados em seus próprios países. Os abismos culturais resultantes estão testando a coesão política e social e podem amplificar muitos outros riscos, se não resolvidos.


Embora a política anti-estabelecimento tenda a culpar a globalização por deteriorar os prospectos do trabalho nacional, evidências sugerem que gerir a mudança tecnológica é um desafio mais importante para os mercados de trabalho. Embora a inovação tenha destruído alguns antigos trabalhos, historicamente, a inovação cria novos tipos de trabalho e modelos de negócios. Não é coincidência que os desafios à coesão social e à legitimidade dos legisladores estejam coincidindo com uma fase altamente disruptiva de mudança tecnológica.


O quinto principal desafio é o de proteger e fortalecer os nossos sistemas de cooperação global. Exemplos são a montagem de estados, procurando se extrair de vários mecanismos de cooperação internacional. Uma mudança duradoura no sistema global de uma instância externa, para interna, seria um desenvolvimento altamente disruptivo. Em inúmeras áreas – não menos importante a atual crise na Síria e os fluxos migratórios que isso criou –, torna-se cada vez mais claro quão importante a cooperação global é nas interconexões que moldam o panorama de riscos.”


Portanto possuir um espírito rebelde, integrado com um perfil nexialista - saber onde buscar, saber onde estão as conexões – é, hoje primordial para que o executivo enfrente este mundo VICA! Conseguimos?  
 

Sucesso e que nunca desistamos!

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