Os Diagramas de Causa e Efeito e sua importância para a Gestão de Riscos Corporativos
Maio | 2018
A ISO 31010 apresenta ferramentas para construirmos um processo de análise de riscos e uma das ferramentas é o diagrama de causa e efeito. Uma vez que, para compreender o risco e o cenário no qual esse risco está inserido, é importante considerar os diversos fatores que impactam os processos e áreas da empresa.
Todo problema possui causas específicas, e essas causas devem ser analisadas e testadas, uma a uma, para o entendimento dos fatores que influenciam a concretização de cada risco. Para isso, utilizamos o Diagrama de Causa e Efeito também conhecido como Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe.
Em 1953 o Professor Karou Ishikawa, da Universidade de Tóquio Japão, sintetizou as opiniões dos engenheiros de uma fábrica na forma de um diagrama bem detalhado que apresentava a forma de uma espinha, enquanto eles discutiam problemas de qualidade. Desde então, essa ferramenta vem sendo utilizada como notação simples para identificar quais fatores que causam o evento analisado. Na gestão de riscos é essencial contar com metodologia, experiência e um software que automatize e integre as informações com as ferramentas e métricas.
É possível aplica-lo em diferentes contextos e de variadas maneiras, como:
- Visualizar as causas principais e secundárias de um problema (efeito).
- Ampliar a visão das possíveis causas de um problema, enxergando-o de maneira mais sistêmica e abrangente;
- Identificar soluções, levantando os recursos disponíveis pela empresa;
- Gerar melhorias nos processos.
Para compreender o risco e o cenário no qual ele está inserido, devemos considerar os diversos fatores que impactam os processos e áreas da empresa. Para a Gestão de Riscos, um novo diagrama de causa e efeito é elaborado para cada evento identificado específico e pode ser adaptado conforme as macro causas da empresa:
• Processo: influência da existência de processos, políticas, normas e procedimentos para a materialização do risco.
• Pessoal: influência do nível da equipe envolvida, considerando-se perfil e qualificação, para a materialização do risco, bem como do nível de relacionamento dos colaboradores e da empresa.
• Tecnologia: influência dos sistemas de informação utilizados pela empresa para a materialização do risco.
• Infra-estrutura: influência da existência de recursos físicos e sistemas eletrônicos para a materialização do risco.
• Ambiente Externo: influência das variáveis externas incontroláveis para a materialização do risco.