Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Greve dos Caminhoneiros expõe falta de previsibilidade das empresas e governo!
Maio | 2018
A manifestação, que durou 10 dias e impactou simultaneamente 16 estados, revelou a completa falta de planejamento em continuidade de negócios nas empresas. Setores críticos foram ameaçados com a paralisação que reivindicava a diminuição no preço do combustível e aumento no valor do frete. Quais lições precisamos tirar para o futuro?
O protesto foi realizado por milhares de caminhoneiros, bloqueando a passagem das cargas e mercadorias em diversas regiões do Brasil. O resultado foi a paralisação das operações de diversas empresas, inclusive às de atividades críticas, como hospitais, farmácias, aeroportos e principalmente as empresas de agronegócios, que precisaram interromper as atividades pela falta de materiais básicos ou combustíveis.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC): “Além da incerteza decorrente do cenário eleitoral, a crise de desabastecimento certamente prejudicou a já frágil recuperação da economia brasileira no segundo trimestre deste ano. Nesse sentido, apesar dos juros básicos no piso histórico e das expectativas de inflação ancoradas abaixo do centro da meta, a CNC revisou de +2,4% para +2,1% sua expectativa para o desempenho da economia em 2018”.
O que vimos por parte do governo e das empresas, foi uma atitude reativa, sem planejamento e sem previsibilidade, porém, com um processo estruturado de Gestão da Continuidade de Negócios, as empresas estariam preparadas para enfrentar os impactos causados pela greve, possibilitando:
- Identificar e gerenciar as ameaças aos seus negócios;
- Adotar uma atitude pró-ativa;
- Manter as áreas e processos críticos em funcionamento;
- Minimizar o tempo de inatividade;
- Melhorar o tempo de recuperação;
- Demonstrar resiliência aos clientes, fornecedores e em solicitações de propostas.
Muitas empresas, de diferentes setores, sentiram a falta desse processo estruturado com impactos operacionais e financeiros, impactos no fluxo de logística e no fluxo de caixa. Agora, precisam seguir as recomendações da ISO 22301 e respeitar os pilares básicos do Plano de Continuidade de Negócios até voltar à normalidade.
Como pilares do plano de Continuidade de Negócios temos:
1. Resposta de emergência – Qual foi a reação imediata da empresa?
2. Continuar a produção – A empresa conseguiu dar continuidade?
3. Recuperação – A empresa precisa recuperar os processos que foram impactados
4. Gestão da Crise – Reduzir os prejuízos (de Imagem, Financeiro, Legal e Operacional)