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Coronavírus: pandemia mundial? O que as empresas devem fazer para evitar a descontinuidade de seus negócios?

Janeiro | 2020

O novo coronavírus (2019-nCoV) é um vírus identificado como a causa de um surto de doença respiratória detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan, estado de Hubei, China. No início, muitos dos pacientes do surto na China, teriam algum vínculo com um grande mercado de frutos do mar e animais, sugerindo a disseminação de animais para pessoas. No entanto, um número crescente de pacientes supostamente não teve exposição ao mercado de animais, indicando a ocorrência de disseminação de pessoa para pessoa. No momento, ainda não está claro o quão fácil ou sustentável esse vírus está se espalhando entre as pessoas.

O coronavírus pertence a uma grande família de vírus, comuns em diferentes espécies de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus podem infectar humanos e depois se disseminar entre pessoas como o que ocorre na Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e na Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

 

Os sintomas mais comuns dessas infeções podem incluir sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) e febre (a febre pode não estar presente em alguns pacientes, como aqueles que são muito jovens, idosos, imunossuprimidos ou tomam medicamentos para diminuir a febre).

 

Atualmente, acredita-se que os sintomas do novo coronavírus (2019-nCoV) podem aparecer em apenas 2 dias ou 14 após a exposição. Isso se baseia no que foi visto anteriormente como o período de incubação dos vírus MERS-CoV (2012). Ainda há muito para aprendermos sobre a transmissibilidade, a gravidade e outros recursos associados ao 2019-nCoV e às investigações estão em andamento em todo o mundo.

 

Ainda não existe vacina para prevenir a infecção por 2019-nCoV. A melhor maneira de prevenir esta infecção é adotar ações para impedir a propagação desse vírus.

 

O Coronavírus já está em 24 países, conforme tabela abaixo, na ordem de 20.600 pessoas infectadas, sendo que 99% se encontram na China. Até o momento tivemos 427 óbitos, sendo 425 na China e dois fora dela: um nas Filipinas e outro em Hong Kong.   

 

A china para evitar maior disseminação da pandemia resolveu tomar medidas radicais, após críticas do mundo em relação a contenção de informações, para evitar desgaste do Governo Chinês. Entre as medidas radicais, pois o epicentro do Coronavírus é uma região com 11 milhões de pessoas, as cinco de maior impacto para os negócios e a população foram:

 

- Isolamento das pessoas que se encontravam na cidade de WUHAN, sem autorização de entrar ou sair, que incluem cidadãos de vários países, inclusive brasileiros;

 

- Paralisou todas as atividades escolares, adiando o semestre da primavera, até novo aviso;

 

- Suspendeu utilização de transportes coletivos, metro, ônibus, com o objetivo de evitar concentração e por consequência a contaminação;

 

- Estendeu o feriado lunar até 2 de fevereiro, com objetivo de conter movimentação e concentração de pessoas;

 

- Paralisou até 10 de fevereiro, no Estado de Hubei, onde fica a cidade de WUHAN, a continuidade de operações consideradas não essenciais; ou seja as fábricas e os serviços ficaram sem atividades com seus trabalhadores em casa.

 

O Coronavírus derrubou as bolsas de valores do mundo inteiro, jogando os preços dos commodities na lona. No Brasil grandes empresas chegaram a perder 42 bilhões de dólares. O PIB chinês já foi planificado uma queda de 0,8% neste primeiro semestre. O Estado de Hubei representa 4% da economia chinês, portanto, a pancada é na veia dos chineses e consequentemente no mundo.

 

No Brasil, o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV), o Ministério da Saúde estruturou 3 níveis de alerta e resposta, que é usado em planos de preparação e resposta em todo o mundo. Deste modo, foi recomendado que as Secretarias de Saúde dos Municípios, Estados e Governo Federal, bem como serviços de saúde pública ou privada, agências, empresas tomem nota deste plano na elaboração de seus planos de contingência e medidas de resposta. Toda medida deve ser proporcional e restrita aos riscos. 

 

Níveis de respostas são alertas, perigo iminente e emergência em saúde pública.

 

NÍVEIS DE ALERTA NO BRASIL
 

O Nível de resposta de Alerta corresponde a uma situação em que o risco de introdução do 2019-nCoV no Brasil seja elevado e não apresente casos suspeitos.

 

PERIGO IMINENTE

 

Nível de resposta de Perigo Iminente corresponde a uma situação em que há confirmação de caso suspeito, conforme previsto no Capítulo IV, Seção I, Artigo 15 da Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização;

 

EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA NACIONAL (ESPIN)

Nível de resposta de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) corresponde a uma situação em que há confirmação de transmissão local do primeiro caso de Coronavírus (2019-nCoV), no território nacional, com Declaração de ESPIN, conforme previsto no Decreto nº 7.616 de 17 de novembro de 2011 que dispõe sobre a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN.

 

Artigo 4º A declaração de ESPIN será efetuada pelo Poder Executivo federal, por meio de ato do Ministro de Estado da Saúde, após análise de recomendação da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, nos casos de situações epidemiológicas.

 

Estávamos até semana passada no Nível 2, Perigo Iminente. No dia 3 de fevereiro o Brasil, segunda feira, o Ministro da Saúde declarou Estado de Emergência Pública de Importância Nacional, ESPIN, mesmo não seguindo as premissas estabelecidas, como por exemplo não termos nenhum caso de Coronavírus. A justificativa dada para a elevação ao nível máximo foi, segundo as autoridades, a facilidade de repatriar os brasileiros que estão na China. Sinceramente não entendi, pois no nível 2 – perigo iminente, também serviria, pois, resgatar os cidadãos na China independe no nível de criticidade que o país de origem se encontra. Haja visto Estados Unidos, Inglaterra, França e outros.

 

Já no nível 2 – Perigo iminente, as autoridades já poderiam requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada indenização. Isto significa que o governo poderá mandar cessar temporariamente serviços considerados não essenciais, tais como restaurantes, cinema, cursos, transportes coletivos, indústrias e serviços.

 

O QUE FAZER EM UMA SITUAÇÃO DESTA?

 

A empresa deve ter montado um plano pandêmico, onde neste plano deve estar descrito a estratégia de continuidade de suas atividades, com o mínimo de pessoal e também trabalhos home office.

 

O software INTERISK ajuda a seguir um Framework da ISO 22301 – Segurança da Sociedade – Continuidade de Negócios. O Plano Pandêmico deve seguir o Framework abaixo:

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Como é um Plano Pandêmico, podemos adaptar:

 

2. Contexto Estratégico:

2.1 Objetivo do Plano Pandêmico;

2.2 Níveis de Alerta Brasil – Brasil está no nível 3, Emergência Pública de Importância Nacional, ESPIN; 

2.3 Impactos da Coronavírus para a empresa, no nível 3 – ESPIN.

 

3. BIA

Aplicar os parâmetros do BIA para identificar os processos críticos.

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Figura 1: Software INTERISK – Processos Críticos – BIA

Com Base nos Processos Críticos listamos as funções críticas, numa proporção de no máximo 15% do efetivo, por processo. Se puder ser menos ótimo.

 

5. Cenários de Descontinuidade

 

Como é um caso real, elaboramos o cenário atual e também cenários com severidade maior, em relação ao tempo de parada e quantidade de contaminados.

 

5.1 Identificação dos Cenários de Descontinuidade:

 

- Governo Brasileiro mandou paralisar as atividades consideradas não essenciais, e se for o caso, trabalhar com efetivo mínimo de no máximo 20%, até 10 de fevereiro de 2020;

- Governo Brasileiro mandou paralisar as atividades consideradas não essenciais, trabalhando com efetivo mínimo de no máximo 15%, até 20 de fevereiro de 2020. As atividades essenciais, com exceção de transporte de doentes, hospitais, postos de saúde, segurança pública devem trabalhar com efetivo reduzido com 30% até 20 de fevereiro;

- Governo Brasileiro mandou paralisar as atividades consideradas não essenciais totalmente até 28 de fevereiro e adiou o carnaval para final de abril de 2020. As atividades essenciais, com exceção de transporte de doentes, hospitais, postos de saúde, segurança pública devem trabalhar com efetivo reduzido, com 20%, até 28 de fevereiro.

 

6. Análise de Risco dos Cenários

 

Analisamos os cenários futuros, no nosso caso são os três, tendo em vistas as medidas preventivas que o governo brasileiro está adotando.

Figura 2:  Software INTERISK – Análise de Risco e Matriz de Risco – Cenários

Neste caso temos o primeiro cenário com alta chance de se materializar e os outros dois com probabilidade baixa.

 

7. Estratégia de Continuidade

 

Nesta fase devemos escolher o que fazer diante dos cenários. Como estamos vivenciando um caso real, podemos apostar no primeiro cenário e monitorar as medidas e os acontecimentos para traçar novas estratégias.

Figura 3: Software INTERISK – Descrição da Estratégia de Continuidade com base no Cenário de maior probabilidade

Se minha empresa for um edifício corporativo, posso ter como estratégia: objetivo de contaminação. Desta forma a empresa continua produzir, sem risco de maiores contaminações. “será realizada escalas de serviço para os trabalhos essenciais no edifício”.

 

8. Planos Operacionais de Continuidade

 

Estes planos servem para orientar os colaboradores em como fazer suas atividades, de forma a não produzir retrabalho.

Figura 4: Software INTERISK – Planos Operacionais

Com base nestes planos operacionais a continuidade está operacionalizada, bastando para isso manter um processo ativo de monitoramento da situação, visando a flexibilização da estratégia como dos protocolos em função das alterações do contexto. O software ajuda a monitorar e controlar os planos operacionais, bem como saber que alterou dentro do espectro de pessoas autorizadas a realizar novos planos.

 

Como se trata de uma pandemia, as respostas devem ser muito rápidas, visando sua efetividade.

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