A Antifragilidade diante do Risco Materializado
Décio Luís Schons, CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva. Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK
Setembro | 2024
Vimos em textos anteriores que uma organização, para ser considerada antifrágil, deve proceder de maneira absolutamente positiva em relação aos riscos, não os temendo, mas percebendo neles a oportunidade de crescer e adquirir novas capacidades. Assim sendo, é natural que a gestão de consequências da materialização de riscos esteja no cardápio a ser consumido no dia a dia de uma empresa que tenha como objetivo enquadrar-se naquela classificação.
O controle de consequências assume, portanto, papel de destaque na capacitação do pessoal integrante da equipe de gerenciamento de riscos da organização, permitindo dar resposta a um evento ou incidente que resulte na interrupção não programada das atividades no negócio de forma estruturada, rápida e concisa, de modo a reduzir ou evitar:
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Paradas na produção;
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Prejuízos de monta, sejam eles financeiros ou fiscais;
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Ações legais que possam ser movidas contra a empresa;
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Divulgação de uma imagem negativa da empresa;
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Perda de credibilidade diante de clientes e acionistas.
O Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios (SGCN) é o arcabouço que estabelece os planos e procedimentos necessários para a recuperação eficaz das atividades, de forma a minimizar os impactos sofridos pela organização. Sua ausência ou o não correto entendimento e aplicação de suas potencialidades poderão acarretar sérios atrasos no processo de recuperação ou até mesmo tornar irreversíveis os impactos sofridos.
Algumas perguntas devem ser respondidas logo no início da montagem de um SGCN:
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Por quanto tempo a empresa consegue sobreviver, mesmo com a total paralisação das atividades?
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Quais as ações essenciais a serem desencadeadas para manter a empresa funcionando?
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Qual a ordem de prioridade para o retorno à normalidade entre as atividades, processos e sistemas afetados?
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Quais os procedimentos que cada um dos colaboradores deve cumprir?
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Os Planos de Continuidade foram testados e há confiança na sua eficácia?
A Gestão de Continuidade de Negócios deve representar uma abordagem integrada, o que significa a mobilização da organização por inteiro para gerenciar o problema e recuperar as operações após a ocorrência de um evento que resulte em falhas na operação.
Dentre os diversos componentes do SGCN, destacaremos os seguintes:
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Plano de Emergência (PRE): acionado quando todas as prevenções houverem falhado e o risco estiver materializado, é o documento que define as necessidades e ações imediatas;
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Plano de Gestão de Crises (PGC): incorpora os elementos necessários ao acionamento das equipes, à tomada de decisão de contingência e à atuação coordenada durante a crise;
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Plano de Continuidade de Negócios (PCN): descreve os processos e as ações necessários à restauração das operações;
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Plano de Recuperação (PR): detalha o planejamento para que, uma vez controlada a contingência e passada a crise, a empresa retome seus níveis costumeiros de operação e volte, dessa forma, à normalidade.
Contar com um sistema dedicado à Gestão de Continuidade de Negócios (SGCN) constitui, sem dúvida, uma garantia de segurança para a empresa, uma vez que, com todos os passos registrados, as tarefas distribuídas e o acesso garantido aos meios necessários, os integrantes da equipe conseguirão seguir os passos do SGCN de forma ágil, organizada e eficaz.
De forma um tanto disfarçada, o próprio texto da Norma ABNT NBR ISO 22301 já prescreve a antifragilidade, ao preconizar a adoção de melhorias diárias, a serem conduzidas de forma sistemática. Assim é que, ao ler o texto da ISO discorrendo sobre a necessidade de “garantir que as não conformidades não se repitam”, é impossível não se pensar em antifragilidade. Essa metodologia, sempre que conduzida de forma sistemática, contínua e transparente, levará a empresa a descobrir as razões para a ocorrência de determinado problema e, a partir daí, assegurar que ele não volte a ocorrer.
O Software INTERISK é uma plataforma tecnológica e automatizada que integra diversos módulos – aí incluído o módulo Gestão de Continuidade de Negócios –, cada um deles composto de diferentes disciplinas. Isso garante a abrangência e a integração de todos os processos em um único framework, o que pode contribuir para proporcionar antifragilidade a sua organização. Solicite uma demonstração.