Antifragilidade na Gestão de Riscos
Décio Luís Schons, CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva. Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK
Julho | 2024
Uma pergunta que nos tem sido apresentada com alguma frequência diz respeito à aplicação do conceito de Antifragilidade no processo de gestão de riscos.
É comum as pessoas confundirem a busca da Antifragilidade com uma gestão descuidada e temerária dos ativos organizacionais. Evidentemente, não se trata disso, uma vez que a nenhum administrador consciente ocorreria praticar ou sequer aconselhar esse tipo de prática.
Ser antifrágil não significa desistir de qualquer planejamento e fazer as escolhas de modo aleatório. A essência da antifragilidade reside exatamente na disposição para aceitar o fato de que, quando erros forem cometidos, deve-se encará-los de frente e enxergar neles oportunidades de aprendizado e crescimento.
O entendimento correto da Antifragilidade reside, no meu entender, em fazer as apostas corretas e viáveis, mantendo a prontidão para enfrentar as consequências de eventuais passos em falso. Para isso, é essencial que os mecanismos de alerta e de recuperação estejam permanentemente ligados e perfeitamente aptos a levar a organização de volta à normalidade plena.
Mais que isso, é necessário que, no caminho de retorno, a organização esteja propensa a incorporar as lições aprendidas ao seu acervo de conhecimentos. Dessa forma, ao dar-se por concluído esse processo, ela se encontrará fortalecida e dotada da capacitação que lhe possibilitará não repetir os mesmos erros. Isso não significa que não possa vir a correr os mesmo riscos – significa, sim que agora a organização estará preparada para enfrentar esses riscos e ultrapassá-los.
Por isso é que se diz que a Antifragilidade diz respeito à capacidade de enfrentar os desafios e os imprevistos, não somente superando-os, mas também se desenvolvendo e fortalecendo a partir deles. Isso significa estar aberto a sair da zona de conforto e entender as adversidades como oportunidades de crescimento e evolução – uma quebra de paradigmas bastante radical, mas necessária se o que se busca é realmente fazer com que a organização em tela possa ser classificada como antifrágil.
Na verdade, metodologias avançadas de gestão de riscos, como aquela que faz uso do Software INTERISK, já vinham empregando alguns dos princípios da Antifragilidade desde antes da publicação, em 2012, do livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos”, de autoria de Nassim Nicholas Taleb, professor de engenharia de riscos na Universidade de Nova Iorque.
Ser antifrágil, em termos de gestão de riscos, vai muito além de simplesmente fugir a todo e qualquer risco, já que essa é a receita segura para a mediocridade e a estagnação de qualquer negócio.
É importante mencionar a necessidade de que o conceito de apetite ao risco seja muito bem entendido e que sua aplicação seja praticada com conhecimento de causa pelos gestores da organização. Mas isso é tema para uma outra newsletter.
O Software INTERISK é uma plataforma tecnológica e automatizada que integra diversos módulos, cada um deles composto de diferentes disciplinas. Isso garante a abrangência e a integração de todos os processos em um único framework, o que pode contribuir para conferir Antifragilidade a sua organização. Solicite uma demonstração.