Devemos nos preparar para uma terceira onda mais letal, após identificação da cepa indiana no Brasil?
Marcos Alves Junior
Assistente de Comunicação e Marketing da Brasiliano INTERISK
31/05/2021
Maio | 2021
A nova variante do coronavírus identificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como linhagem B.1.617 foi detectada pela primeira vez em outubro de 2020 na Índia. Popularmente chamada de “variante indiana” e classificada pela OMS com uma “variante de preocupação” (VOC – Variant of Concern, em inglês), é a quarta variante a receber essa intitulação pelo órgão, sendo elas: P.1, identificada em Manaus, B.1.1.7, do Reino Unido, e B.1.351 e/ou 501.V2, da África do Sul. A diferença da cepa para o primeiro da linhagem inclui aumento significativo da transmissibilidade, agravamento da doença, redução visível da neutralização por anticorpos produzidos pela infecção ou impelido pela vacinação.
A cepa já foi confirmada em, pelo menos, 66 países e agora no Brasil. A identificação do vírus foi feita pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, e tudo indica que ele chegou por meio de uma pessoa contaminada no Maranhão, em 20 de maio, quando foram confirmados os primeiros casos da variante no Brasil. A princípio foram seis pessoas que chegaram a bordo do navio MV Shandong da Zhi o qual segue atracado no litoral do estado. Segundo informações publicadas na imprensa, o navio havia saído da Malásia, passou pela África do Sul, onde embarcaram 24 tripulantes com destino ao Porto da Madeira, em São Luís, MA. Porém, durante o trajeto um tripulante de origem indiana teve febre e começou a sentir os sintomas da doença. Por esse motivo, o navio foi proibido de atracar no destino. O navio ainda se encontra ancorado a mais ou menos 50 metros da costa maranhense.
Um dos tripulantes precisou de atendimento médico e foi levado de helicóptero para um hospital na capital. O paciente tem 54 anos e segue em estado grave na UTI. O fato gerou um alerta nos estados para a migração de pessoas vindo do Maranhão a fim de prevenir a proliferação da variante no país.
No entanto, a restrições não foram eficazes. Em alguns estados, como Mato Grosso, Minas Gerais e Ceará foram identificados pacientes com suspeita da cepa. Além disso, segundo notícia publicada no dia 26 de maio, no portal O Globo, um homem de 32 anos contaminado pela cepa desembarcou de um voo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, originário da Índia. O passageiro teve contato com dezenas de pessoas. Antes que o exame (RT-PCR) ficasse pronto, ele foi autorizado a embarcar em outro voo para o Rio de Janeiro. O Instituto Adolfo Lutz, que tem ligações com o governo de São Paulo, confirmou a variante no paciente.
A preocupação que as empresas e os brasileiros devem ter é com uma possível terceira onda de Covid-19 ainda pior do que as duas anteriores, pois essa variante traz maior risco de transmissão. De acordo com apuração feita pelo Portal G1 (21/05/2021), o OpendataSUS - Sistema do Ministério da Saúde no qual é registrado cada dose aplicada, apenas 39% dos idosos foram vacinados com as duas doses, o que equivale a 11,7 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Como já passamos do quarto mês de vacinação, ainda é muito pouco para um país com mais de 211 milhões de pessoas. Dentro desse contexto, não é possível imaginar que haja preparo para uma terceira onda ainda mais letal.
A forma mais tangível das organizações se prepararem é ter acesso a dados específicos, que podem nortear a prevenção da próxima onda. Assim, seria mais fácil fazer um planejamento das possíveis ocorrências e como enfrentá-las. Com estatísticas específicas da Covid-19, qualquer empresa teria uma visão holística dos aumentos em relação aos fatores cruciais.
Para facilitar esse trabalho, está disponível no mercado o Software INTERISK, que dispõe do Módulo de Segurança Pública. Entre outras vantagens, ele conta com a disciplina que traz Estatísticas da Covid-19, cujo objetivo é facilitar a coleta e comparação das informações fornecidas pela pandemia. A solução tecnológica auxilia as empresas e seus gestores no planejamento de estratégias, proporcionando um entendimento mais amplo e profundo. Portanto, com dados atualizados, o gestor tem uma visão panorâmica para formar um processo estruturado de Gestão de Riscos e prevenções futuras.
Na aba de Contexto, por exemplo, o gestor pode colocar e preparar um sumário executivo. A tela permite a elaboração de uma síntese estratégica, além de fornecer antecedentes e problemas existentes na área. Veja como funciona abaixo:
Figura 1: Contexto: descubra as condições e problemáticas na região de estudo.
Fonte: Software INTERISK
A disciplina de Estatística Covid-19 basicamente oferece dados atualizados de caráter analítico, avaliando o escopo pandêmico para gerar gráficos essenciais ao planejamento, análise e execução de diferentes estratégias. Confira como é possível visualizar os dados que serão apurados:
Figura 2: Visualização de dados inclui ESTADO, país e MUNDO.
Fonte: Software INTERISK,
A criticidade de diferentes regiões pode ser estudada, considerando os critérios de velocidade e a média de transmissão diária, probabilidades de continuidade, entre outros aspectos ligados à região de estudo específica. Além disso, o Software INTERISK também produz gráficos com espaço para a interpretação do analista, o que auxilia o gestor a subsidiar suas decisões. Veja alguns exemplos de cálculos e gráficos gerando pelo sistema INTERISK:
Figura 3: Velocidade Diária de Transmissão, sua média, seu Desvio Padrão, Coeficiente de Variação e
Probabilidade da Média Diária se manter, diante das condições e variáveis do contexto.
Fonte: Software INTERISK
Figura 4: Gráfico de crescimento dia em %.
Fonte: Software INTERISK
Figura 4: Gráfico dos Casos Confirmados e dos Óbitos no Brasil.
Fonte: Software INTERISK
Os gráficos e dados que foram demostrados acima são apenas exemplos de tudo que esse módulo pode oferecer. É importante ressaltar também que as informações que estão disponíveis nos gráficos não estão totalmente atualizadas, pois o verdadeiro intuito agora é mostrar os gráficos de forma ilustrativa. No INTERISK, você terá acesso a inúmeros estudos, entre eles: gráfico de infectados dia, acúmulo taxas, desvio padrão (média diária), número de casos e/ou óbitos por Estado, incidência por 100.000 mil habitantes por estado, número de casos e/ou óbitos por região do país, entre outros.
O gestor pode inclusive visualizar a Matriz de Riscos de Monitoramento da pandemia cruzando dados de proporção (%) de leitos de UTI ocupados por casos x incidência de Covid-19 por 100.000. E mais: o sistema permite que o gestor visualize a Matriz do Cruzamento RT (Taxa Efetivo de Reprodução) x Matriz de Risco.
A partir do momento que criamos o módulo de Segurança Pública – SP, o objetivo foi colaborar de maneira incisiva com inteligência em riscos e informação. Esta sempre foi a especialidade da Brasiliano INTERISK, pois acreditamos que nos cenários adversos e críticos, o nosso país precisa de união e solidariedade, fazendo o possível para vencer esse desafio contra esse inimigo invisível, mas letal.
Fontes:
Há muitas outras vantagens do Software INTERISK.