ESG e Risco de Reputação.
Como Prevenir ou Mitigar?
Décio Luís Schons, CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva, é Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK
Junho | 2023
Introdução
A reputação ou “o bom nome da empresa” constitui um dos ativos mais valiosos de qualquer organização. Em outras palavras, a manutenção de uma percepção positiva da empresa e de seu papel na sociedade por parte dos stakeholders (partes interessadas) ocupa um ponto muito elevado na escala de prioridades a serem tomadas em consideração pela Alta Gestão empresarial.
Antes de prosseguirmos, será de todo interessante estabelecer a diferença entre os conceitos de reputação e de imagem, muitas vezes tomados um pelo outro.
Imagem é como uma foto, um instantâneo da empresa. A divulgação de uma imagem negativa da organização pode frequentemente ser ultrapassada mediante o emprego de ações rápidas e eficazes de contenção de danos, mediante planos de mitigação.
Já a reputação é algo construído ao longo do tempo, muitas vezes através de gerações.
É intuitivo que a ocorrência de sucessivos incidentes de danos à imagem acabará por afetar de forma decisiva a reputação corporativa.
Os riscos (sempre eles...) e o estrago que provocam
Dessa forma, o Risco de Reputação (ou Risco Reputacional) constitui um dos escolhos mais graves com que as organizações se deparam em nossos dias. Seu impacto pode levar à falência ou à extinção da empresa. Por tal motivo, o tratamento dessa categoria de riscos requer especial atenção da parte dos gestores.
Sabemos que o Risco de Reputação constitui geralmente uma consequência da materialização de outros riscos. Dentre estes, ocupam posição de destaque os Riscos ESG.
Uma providência seminal para a não materialização dos riscos reputacionais é justamente evitar as chances de que os Riscos ESG, em seu devido tempo, se materializem. Ganha importância aí o estabelecimento de controles eficazes sobre as fontes de risco, de maneira a reduzir significativamente as probabilidades de ocorrência dos Riscos ESG.
Riscos ESG comuns, como a liberação de efluentes sólidos, líquidos ou gasosos, estão entre aqueles que geram as mais daninhas consequências para a imagem e a reputação da organização. A mortandade de peixes em um rio, causada por efluentes atribuídos a determinada empresa; a percepção da poluição atmosférica por gases emitidos pela empresa e consequente degradação das condições de habitabilidade de locais antes caracterizados pela pureza do ar; a notícia de que a organização conta em sua cadeia de fornecedores com empresas que se valem de mão de obra escrava – são exemplos de eventos que afetam de imediato a imagem e, em médio prazo, irão comprometer a reputação da empresa.
É melhor prevenir que remediar
A correta gestão dos Riscos ESG exige o estabelecimento, por parte do negócio em tela, de uma governança corporativa desses riscos, mediante o trabalho de pessoas dotadas de conhecimento sobre o tema e de liberdade de ação para assessorar corretamente a Alta Gestão com relação às medidas a adotar.
Nessa área crucial da Governança Corporativa, ganham realce, dentre outras, as atividades de monitoramento da cadeia produtiva, a colocação em prática de um código de conduta para todos os profissionais da companhia, a criação e estruturação de um canal de denúncias eficaz e efetivo e a prestação de contas, periódica e transparente, a todos os stakeholders.
Somente a correta e eficaz gestão dos Riscos ESG terá o condão de reduzir sensivelmente as probabilidades de materialização de consequências daninhas como, num primeiro momento, prejuízos à imagem e, em casos mais agudos ou repetitivos, sérios danos à reputação da companhia.
Conclusão
Procuramos, de uma forma simplificada, proporcionar uma visão da importância da gestão do Risco Reputacional e de sua interconexão com os Riscos ESG, dos quais é, frequentemente, consequência.
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