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A importância da gestão
sistêmica nas organizações

Prof. Dr. André Vicente dos Anjos, CIGR

Coordenador de Segurança Sênior, Especialista em Riscos Corporativos e Consultor de Segurança no Segmento do Varejo

Abril | 2022                                                                                                                                                                           

 

 

Todas as organizações foram pensadas para ter êxito no cumprimento de seus objetivos, sendo salutar, não só para o empregador, como também para os colaboradores, que a empresa cresça pois, esse movimento pode gerar novas oportunidades de desenvolvimento para todos os membros do time. É fato que, quando uma organização atinge suas metas e tem sucesso, todos são beneficiados, crescendo simultaneamente.

Partindo dessa premissa e observando a importância do cumprimento das metas para o alcance dos objetivos organizacionais, considera-se relevante que qualquer empresa tenha um planejamento focado no objetivo macro, sem deixar de considerar as situações adversas, com a correção de possíveis falhas, caso elas ocorram. Esse gerenciamento deve ter seu foco na mitigação de riscos que possam ser impeditivos ao cumprimento do macro objetivo. Desconsiderar os riscos, seus impactos e sua correta forma de tratamento tem sido uma das principais deficiências de empresas em diferentes segmentos e tamanhos.

As falhas, em sua maioria, impactam nos processos das empresas, em maior ou menor intensidade, por não serem observadas de forma analítica e ainda preteridas no contexto do planejamento, sendo muito comum perceber a inexistência, inclusive, de um plano que possibilite uma resposta assertiva, tanto para ações preventivas quanto para as corretivas, que visam diminuir os impactos.

Segundo Falconi (2009), (...) “problema é um resultado indesejável, contudo, em uma visão mais moderna do sistema preventivo de segurança de uma organização, observa-se a existência de problemas bons e ruins. O primeiro é estimulado pelo gestor quando identifica lacunas em sua área de responsabilidade, com o objetivo de mitigar as falhas que possam impactar o negócio. O segundo corresponde a desvios e inconsistências em processos administrativos ou operacionais que devem ser resolvidos imediatamente.

Obviamente, se estamos falando aqui de gestão, é importante trazer à baila alguns importantes conceitos, um deles, atribuído a Edwards Deming. “Não se gerencia o que não se mede. Não se mede o que não se define. Não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia”. (DEMING, 1990). Ainda nesta linha, os autores do método Balanced Scorecard (BSC) assim se manifestaram: “medir é importante: o que não é medido não é gerenciado” (KAPLAN; NORTON, 1997).

Dentro deste contexto de gerenciamento com métricas, outros importantes nomes como Drucker e Kotler, por exemplo, também dedicaram linhas em suas obras, pautando as métricas e controles como ferramentas importantes e fatores de sucesso no âmbito de um sistema organizacional.

Mesmo diante de um modelo de gerenciamento bem estruturado e implantado, é possível que um ou mais riscos se materializem, inclusive de forma recorrente, dependendo do tipo de negócio. Para este cenário, a depender do risco materializado e seus impactos, é salutar a existência de todo o arcabouço sistêmico que contemple, desde o diagnóstico situacional da planta a ser protegida, passando pela análise dos riscos até o Plano de continuidade do negócio, por exemplo.

Um dos objetivos da implementação de um plano de continuidade do negócio é entender, de maneira profunda, os processos da organização, de modo a possibilitar que esta se recupere de forma estruturada de impactos leves, médios ou massivos, pois, mesmo com um modelo de gerenciamento de riscos bem estruturado e implantado, é possível que um ou mais riscos se materializem, inclusive de forma recorrente.

Segundo Adriana Beal (2005), embora o processo de gestão da continuidade do negócio possa resultar na identificação de oportunidades, redução de ameaças e vulnerabilidades, gerando recomendações para a melhoria dos controles, o seu principal foco é a recuperação de eventos. As etapas são: entender a empresa, determinar a estratégia de GCN, desenvolver e implementar a resposta de GCN e testar, manter e revisar.

Uma das formas mais eficazes de diminuir a possibilidade de falhas ou ainda de corrigi-las em tempo é a implementação de um CICLO PDCA. Sendo uma das mais relevantes metodologias quando se trata de melhoria contínua de processos, é indispensável sua aplicação, pois pode ser usado tanto como método de implantação de novas ideias quanto na solução de diferentes problemas, podendo ser implementado em todos os níveis da organização, nos âmbitos estratégico, tático e operacional.

Nunca é demais lembrar que os processos, junto com outros importantes componentes do sistema, estão entre os pilares de qualquer organização e constituem uma das pedras basilares na integração de todas as áreas da empresa, desde a direção até o chão de fábrica.

A gestão sistêmica assegura o cumprimento de metas e prazos, a qualidade das ações de maneira a proporcionar diferencial competitivo em um mercado saturado de iguais.

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