top of page
gestao de riscos e esg.jpg

Por que Integrar os Riscos ESG ao Sistema de Gestão de Riscos Corporativos?

Décio Luís Schons,  CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva, é Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK

Setembro | 2022                                                                                                                                                                           

No mundo corporativo, já se tornou lugar-comum afirmar que a única certeza que se tem hoje em dia é a incerteza. Tal afirmação é verdadeira. A incerteza decorre, em grande parte, da complexidade e da diversidade das questões que se colocam diante das organizações, incorporando cada uma delas uma combinação surpreendente de fatores. Todas essas questões e todos esses fatores carregam em si riscos que, caso não sejam submetidos a controles, no âmbito de um plano de ação, carregam o potencial de se materializarem em sérias ameaças ao negócio.

Outra constatação obrigatória é que esses riscos estão em constante mutação, sobrepondo-se uns aos outros, não apenas no âmbito de sua categoria, mas também, o que é mais grave, no contexto de categorias diversas, assumindo formas muitas vezes inesperadas. Assim é que, por exemplo, os riscos ambientais aderem aos riscos financeiros, que por sua vez encontram-se cada vez mais ligados aos riscos cibernéticos e da informação.

Tomemos como exemplo as inspeções a que os investidores submetem as empresas para atestar sua sustentabilidade de longo prazo em relação às mudanças climáticas antes de aprovarem a efetivação de operações que as envolvam. Naturalmente, não poderá ser desatrelada dessa operação a verificação da capacidade da empresa para fazer face aos riscos de capital financeiro decorrentes da expansão de suas pegadas digitais num mundo cada vez mais interconectado. Questões como privacidade e responsabilidade aparecem, dessa forma, emaranhados com o desafio do crime digital e dos ataques cibernéticos.

O acrônimo VUCA (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade) traduz de forma adequada as percepções que se coletam a partir de um mundo em que os absurdos passaram a ser a norma. Quem poderia supor que a estabilidade de todo o continente europeu pudesse ser perturbada pelo fato de um país soberano e com suas fronteiras perfeitamente estabelecidas e garantidas em acordos internacionais ser descaradamente invadido por seu poderoso vizinho? Quem iria acreditar que o organismo internacional responsável por administrar essas questões a tudo assistiria, tomando como única providência de vulto a votação de uma “condenação”? As consequências estão aí para quem quiser ver, inclusive com a perspectiva de um inverno gelado na Europa – não em consequência das mudanças climáticas, e sim da falta de combustível para aquecer os domicílios.

Não existe, infelizmente, uma perspectiva clara de mudança para melhor no futuro próximo. Ao contrário, devemos nos preparar para um mundo em que a tomada de decisões ocorrerá cada vez mais em um ambiente complexo ou caótico, segundo as definições dadas por Dave Snowden quando criou o sistema Cynefin – uma ferramenta de consciência situacional destinada a auxiliar no processo de tomada de decisões.

 

Cabe, neste ponto, elencar os fatores ESG entre os elementos críticos de preocupação para qualquer gestor, na medida em que eles formam a base de apoio para a construção de um negócio sustentável.

Vimos como o aspecto ambiental se entrelaça com outros, gerando reflexos financeiros de primeira e de segunda ordem. Entram nessa conta as emissões de CO2, a poluição do ar e da água, o desperdício de recursos naturais e o desmatamento.

Não menor atenção deve ser dispensada ao aspecto social. Basta pensarmos num mundo cada vez mais consciente da importância dos direitos humanos e dos princípios da inclusão e da equidade, em que qualquer manifestação de intolerância ou discriminação é imediatamente alardeada aos quatro ventos, com todas as consequências (muitas vezes injustas ou desproporcionais) para as pessoas apontadas como perpetradoras dessas ações. Muita atenção deve ser aqui dedicada às condições de trabalho dos funcionários (com um olhar especial para sua segurança e saúde), à diversidade e à manutenção de um ambiente de sadio relacionamento entre os colaboradores.

Quanto à governança corporativa, sabemos ser ela, a um só tempo, o coração e o órgão motriz da empresa. À governança cabe estabelecer e garantir a execução das políticas vigentes, particularmente no que diz respeito à remuneração e conduta dos gestores e da alta administração da empresa, à composição do conselho de administração, aos procedimentos de controle e aos princípios de conformidade e ética. Uma governança claramente orientada e dotada de uma visão de negócios adequada aos dias que vivemos estará dedicada a gerar retornos sólidos, não apenas para os proprietários ou acionistas, mas para todas as partes interessadas, sejam elas funcionários, clientes, fornecedores, agências de Estado ou a sociedade em geral – tudo isso sem esquecer a base de sustentabilidade sobre a qual repousam as fundações de qualquer negócio em nossos dias: os fatores ESG.

No estabelecimento da metodologia de governança corporativa a que aludimos, papel crucial é desempenhado pelo sistema de gestão de riscos corporativos, que deve ser a um só tempo abrangente, integrado, de fácil entendimento e que ofereça respostas completas para as questões que se apresentam no dia a dia da empresa. Um sistema de gestão de riscos corporativos com essas características servirá como ponto de apoio de excepcional valia aos gestores em todos os níveis.

A empresa Brasiliano INTERISK oferece soluções de Inteligência e Gestão de Riscos baseadas na Interconectividade, o que garante uma abordagem estruturada e confere total transparência aos processos de Governança, Riscos e Compliance.

​O INTERISK é uma plataforma tecnológica e automatizada, construída sob a forma de módulos integrados – aí incluído o Módulo ESG – cada um deles composto de diferentes disciplinas. Isso garante que as diversas atividades desempenhadas pela organização serão abrangidas. O software tem a capacidade de integrar as diferentes disciplinas de riscos em um único framework, viabilizando a colocação em prática de um processo sistêmico e contínuo em que todas as partes trabalham de forma sincronizada.

​Caso tenha interesse em conhecer o Sistema, entre em contato com a Brasiliano INTERISK e solicite uma demonstração!

voltar

bottom of page