Foto Reprodução: Instragram/@NicolasMaduro
Risco Geopolítico: Tudo o que você precisa saber sobre as Eleições na Venezuela!*
*Este texto foi elaborado com base nas informações disponíveis até o dia 8 de agosto de 2024. Novos desenvolvimentos e dados podem surgir após essa data, o que poderá impactar as análises e conclusões aqui apresentadas.
Marcos Alves Junior, CIEIE, CIGR, CPSI
Redator, Editor de texto, Criador de vídeos. Cursou Gestão Empresarial na Anhanguera. Formado pela Uninove – Universidade Nove de Julho em Comunicação Social – Jornalismo.
Assistente de Comunicação e Marketing na Brasiliano INTERISK.
Agosto | 2024
No domingo, dia 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou, com 80% dos votos apurados, a reeleição do atual presidente Nicolás Maduro.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela 51,2% dos eleitores que foram as urnas, o equivalente a 5.150.092 votos, votaram no atual presidente, contra 44,2% do seu principal opositor, Edmundo González, o que equivale a 4.445.978 votos.
Reação da Oposição
O resultado dessas eleições tem dominado as manchetes globais desde então. A oposição, liderada por Edmundo González e María Corina Machado, se recusou a aceitar o resultado, alegando a ocorrência de fraudes. Eles destacam que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela condução do pleito, é amplamente visto como alinhado ao presidente Nicolás Maduro, levantando suspeitas sobre a imparcialidade do processo. Em resposta, a oposição apresentou denúncias formais, questionando a integridade e a veracidade das eleições, o que tem intensificado a crise política no país e atraído a atenção internacional.
Erro da Emissora (Telesur)
Um fato que também gerou muita discussão interna no país foi o erro de porcentagem cometido pela emissora estatal do país, a Telesur, que divulgou ao vivo uma imagem na qual há um erro de porcentagem em relação aos percentuais dos candidatos.
(Fonte: a imagem acima foi divulgada pela emissora e compartilhada por um usuário do antigo Twitter, atual X.)
O gráfico acima mostra percentuais de votos totalizando 132%, o que comprovaria a fraude nas eleições. No entanto, o Estadão Verifica, após uma investigação apurou que A Telesur divulgou erroneamente uma imagem mostrando percentuais de votos que somavam 132%. Nicolás Maduro apareceu com 51,2% dos votos, Edmundo González com 44,2%, e os outros 8 candidatos com 4,6% cada. A porcentagem de 4,6% se referia, na verdade, ao total combinado dos 8 candidatos. A emissora corrigiu o erro posteriormente em seu Instagram. Mesmo assim, a divulgação errada por parte da emissora inflamou a discussão sobre o assunto nas redes sociais.
Repercussão no Mundo
A reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela gerou uma ampla controvérsia, com repercussão global. Algumas autoridades internacionais não reconheceram, até o momento, a vitória de Maduro, enquanto outras o parabenizaram.
Alguns países que fazem parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), organização internacional que inicialmente reuniu 35 países das Américas, com o objetivo de promover a paz, a segurança, a democracia, os direitos humanos, o desenvolvimento e a cooperação entre os países membros, não reconheceram e solicitarão revisão: Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Paraguai, Peru e República
Dominicana.
A União Europeia, que é formada por 27 países europeus que se uniram com o objetivo de promover a integração econômica, política, social e de segurança na região, também questionou a vitória e ainda não reconheceu as eleições, solicitando uma verificação independente das atas.
Outros países que reconheceram a vitória e parabenizaram o candidato oficial foram: China, através do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian; Rússia, através de seu presidente Vladimir Putin; Honduras, através das saudações de seu presidente, Xiomara Castro; Cuba, através de conversa de General do Exército Raúl Castro Ruz, diretamente com Maduro, por telefone; Bolívia, através de seu Líder Luis Arce; e Nicarágua, por meio de uma carta de parabenização.
O Brasil através do ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quinta-feira que a Venezuela precisa apresentar as atas eleitorais e que, caso sejam encontrados problemas nos documentos, será necessário buscar uma "solução" para o impasse na eleição presidencial do país. Ele também destacou que o Brasil continuará desempenhando o papel de mediador na crise eleitoral venezuelana.
Protestos
O resultado das eleições na Venezuela não apenas foi contestado pela oposição, como também desencadeou uma onda massiva de protestos antigoverno. As manifestações se intensificaram após Nicolás Maduro endurecer a repressão contra os manifestantes. Segundo o procurador-geral mais de mil pessoas foram presas.
(Fonte: Jeampier Arguinzones/picture alliance via Getty Images)
Recentemente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu que a população pare de usar o WhatsApp, alegando que a plataforma está sendo usada para ameaçar o chavismo. Além disso, ele anunciou um bloqueio de 10 dias no acesso à rede social X (antigo Twitter) na Venezuela, após uma troca de mensagens com Elon Musk, que apoiou a oposição e criticou Maduro. Como resultado, o acesso à X tem sido restrito no país, forçando os usuários a utilizarem VPNs para acessar a plataforma. Essa medida impacta o acesso à informação para o povo venezuelano, que já lida com várias restrições.
Com tantos acontecimentos em um país que faz fronteira com o Brasil, como sua organização está se preparando para possíveis tensões geopolíticas? Quais consequências isso pode trazer em um futuro próximo?
A melhor forma de se preparar para o possível agravamento das relações geopolíticas mencionadas é realizar uma Análise de Cenários Prospectivos. Essa análise envolve a identificação dos principais fatores que podem influenciar o futuro, a construção de cenários possíveis com base nessas variáveis e a comparação dos impactos potenciais de cada um.
O Módulo de Cenários Prospectivos (CP) do Software INTERISK oferece ferramentas essenciais para essa tarefa, permitindo identificar e avaliar variáveis e tendências, organizar dados e simular diferentes cenários futuros. Com essas funcionalidades, o INTERISK facilita o processo de análise e otimiza os resultados, ajudando sua organização a se preparar de forma mais eficiente.