Risco Sistêmico: Como identificar antes de colapsar seu processo de gestão de riscos
Marcos Alves Junior, CIEIE, CIGR, CPSI
iRedator, Editor de texto, Criador de vídeos. Cursou Gestão Empresarial na anhanguera. Formado pela Uninove – Universidade Nove de Julho em Comunicação Social – Jornalismo. Atualmente trabalha como Assistente de Comunicação e Marketing na Brasiliano INTERISK.
Novembro | 2022
Antes de nos aprofundarmos no assunto, precisamos entender claramente o que é o Risco Sistêmico e quais são os perigos que ele oferece para sua organização. O risco sistêmico é aquele capaz de colapsar o sistema de gestão de riscos inteiro da organização, muito mais que um colapso por partes e componentes individuais.
Os riscos sistêmicos têm características específicas, sendo elas: pequenos e modestos pontos de ruptura que, quando combinados, geram grandes falhas; o compartilhamento de riscos, deixando explícito que após uma perda haverá um contágio e o desencadeamento em série de outras perdas; após o impacto, os sistemas tornam-se incapazes de recuperar o equilíbrio.
Isso significa dizer que são riscos que na grande maioria das vezes não são considerados de alta criticidade, mas detêm grande influência sobre os outros riscos e por isso são considerados críticos pelos gestores.
O fato é que o gestor não enxerga o risco sistêmico porque só elabora a Matriz de Criticidade dos Riscos e, quando somente é usada esta Matriz, a análise se torna míope no tratamento e priorização dos riscos.
Na área de Gestão de Riscos, um dos maiores obstáculos para os gestores é a falta de identificação do Risco Sistêmico. A pergunta que não quer calar é: os gestores estão sabendo identificar o Risco Sistêmico?
A forma mais eficaz de identificar um risco que tem característica de influenciar outros riscos a se materializarem é a aplicação da técnica de Impactos Cruzados, Teorema de Bayes – Probabilidades Condicionantes.
O Fórum Mundial, através do Global Risk Report, sugere a utilização dessa técnica vinculada com a matriz de criticidade, ou seja, ele recomenda a aplicação das duas matrizes pela área de gestão de riscos, no intuito de obter uma visão ampla do risco sistêmico.
O modelo de orientação COSO ERM, de 2004, já retratava a grande necessidade da determinação da interdependência entre os riscos e seus fatores. Por isso, em um mercado dinâmico e em constante evolução, o gestor de riscos precisa aplicar a técnica de elaboração da matriz de motricidade dos riscos. Para isso, iniciamos com a elaboração da Matriz de Impactos Cruzados - MIC. Veja o exemplo abaixo.
Matriz de Motricidade X Dependência
Fonte: Software INTERISK – Estudo de Caso
As matrizes demostradas neste texto foram usadas em um estudo de caso da Brasiliano INTERISK. Ela é construída através de eixos em horizontal e na vertical e formada pelos riscos que serão usados no estudo. As informações de entrada sempre se posicionam no eixo vertical e através disso descobrimos qual é o seu nível de influência nos outros riscos que se materializarem ou não, usando a métrica de 0 a 3. Tendo em vista que nosso objetivo é saber o nível de influência que cada um dos riscos possui, isto pode influenciar para que os outros riscos materializarem ou não materializarem. Pretendemos identificar a motricidade do risco. E assim será procedido com todos os riscos.
A construção da Matriz de Motricidade dos Riscos tem quatro quadrantes. Utilizamos no eixo da Motricidade o mais alto e o mais baixo. Divide-se por dois e teremos o eixo central da Motricidade. No eixo da Dependência, aplicamos o mesmo método.
Matriz de Impactos Cruzados.
Fonte: Software INTERISK – Estudo de Caso
O INTERISK tem a ferramenta de Impactos Cruzados – MIC, tanto como a de Motricidade x Criticidade, o que agrega valor para os negócios da empresa, favorecendo sua competitividade. Com a Inteligência em Riscos os gestores, juntamente com a alta gestão, terão a visão da antecipação.
Além disso, ele é o único software de gestão de riscos que possui esta técnica. Portanto, de modo prático e automático o gestor passa a enxergar quais são suas reais prioridades.