Estamos na segunda
onda do COVID-19 no Brasil? Ou nem saímos
da primeira onda?
Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano,
CEGRC, CIEAC, CIEIE, CPSI, CIGR, CRMA, CES, DEA, DSE, MBS
Doutor em Ciência e Engenharia da Informação e Inteligência Estratégica pela
Université Paris – Est (Marne La Vallée, Paris, França); presidente da Brasiliano INTERISK.
21/12/2020
O Brasil está vivendo uma subida de infectados e de óbitos, com sua taxa de reprodução também em alta (taxa de Rt superior a 1,00), na grande parte dos estados brasileiros. Isto tem obrigado as autoridades brasileiras a tomarem medidas mais restritivas. Medidas estas que impactam diretamente na economia. Qual é a realidade do aumento dos números da pandemia no Brasil?
Cenários pandêmicos de países como Índia, Rússia, França, Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, indicam uma segunda onda mais forte e duradoura, portanto tiveram que retroceder suas flexibilizações, com medidas mais restritivas do tipo lockdown e toque de recolher para evitar a aglomeração e impor o isolamento social. O isolamento social ficou comprovado que é a única medida eficaz no combate ao COVID-19, juntamente com ações profiláticas de higiene, com a utilização constante do álcool gel e utilização de máscaras.
No Brasil e no hemisfério sul, pesquisadores da UFF, FGV, FIO CRUZ, apontam que, se houver uma nova onda, ela será a partir da metade de março de 2021 e com menor intensidade.
Brasil e o Hemisfério Sul na primeira onda
A explicação é a sazonalidade. A sazonalidade de doenças significa que existe um padrão anual onde há um momento do ano em que a doença tem uma transmissão maior. No caso das doenças de transmissão respiratória, geralmente elas apresentam uma sazonalidade típica do período de outono e inverno, ou seja, elas têm uma transmissão maior e, portanto, uma quantidade maior de pessoas infectadas nos meses de outono e inverno.
Com a COVID-19 foi possível verificar os picos em menos de um ano em razão da quantidade de informação produzida por todos os países durante a atual pandemia. Com isso, ficou comprovada a repetição da sazonalidade verificada na pandemia de H1N1 em 2009.
Isso acontece no mundo inteiro, mas como as estações do ano são invertidas entre o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul, os meses (da sazonalidade) também se invertem. Aqui no Brasil e no Hemisfério Sul, o padrão se estende dos meses de abril até julho. No Hemisfério Norte você tem um padrão da doença aparecendo de setembro-outubro até janeiro-fevereiro. Isso vale para praticamente todas as doenças respiratórias.
Esta sazonalidade explica por que nos países do hemisfério Norte a primeira onda foi curta, pesquisadores concluíram que a transmissão foi interrompida e a duração foi de 45 a 60 dias.
No Brasil, hemisfério sul, é ao contrário, a primeira onda está se estendendo com crescimento lento e com instabilidade. O nosso surto foi maior – março até final de outubro – com número significativo de casos e de óbitos – o Brasil é o 3º do mundo em números relativos, atrás do Peru e da Bélgica; e com números absolutos somos o 2º, atrás apenas dos Estados Unidos.
Mas o Brasil sim continua na primeira onda, tendo o crescimento da pandemia como causa motriz o próprio relaxamento por parte da população no que concerne às medidas profiláticas básicas:
- Uso de máscaras;
- Higienização das mãos com álcool gel;
- Medição de temperatura;
- Distanciamento social, este eu considero uma das medidas mais relevantes e que a população brasileira não está levando a sério.
Para que possamos ter uma noção clara, que ainda estamos na primeira onda, vamos observar o gráfico abaixo:
Gráfico 1: Curvas Pandêmicas – Fonte: SEADE - Boletim da SP Contra o CORONAVÍRUS de 16 de dezembro de 2020.
O gráfico acima é produzido pela SEADE, fundação vinculada à Secretaria de Governo, e hoje é um centro de referência nacional na produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas.
No gráfico acima podemos visualizar o Brasil, na cor verde, São Paulo na cor preta, onde mostra claramente que não houve decréscimo. Estamos ainda no plató da primeira onda estendida. Se repararmos a curva da Itália, azul clara, notamos que há uma “barriga” que significou o término da primeira onda e em seguida uma nova subida, que é a segunda onda na Europa. Nos Estados Unidos, azul escuro, sua curva possui uma leve depressão para em seguida pegar força nesta segunda onda.
Fica claro que o Hemisfério Sul, Brasil, ainda vive sua primeira onda com maior extensão, e, significa que se não houver imunização pela vacina teremos um 2021 tão ou mais complexo que 2020. Embora as expectativas dos pesquisadores são de menor intensidade desde que haja medidas profiláticas em vigor e a população adere.
Segunda onda na Europa e Estados Unidos
Registrando aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus e retomando paulatinamente as medidas de distanciamento social. Na última semana de outubro, a gravidade da nova onda da pandemia se tornou inegável, obrigando os governos a medidas mais drásticas.
O aumento inicial das infecções em setembro, que poderia ser explicado, entre outros fatores, pelo aumento da testagem das populações, veio acompanhado também de uma elevação do número de mortes na última semana de outubro.
Com o registro do mais alto número de vítimas fatais pela COVID-19 desde abril, os europeus voltaram a temer a sobrecarga das unidades de terapia intensiva (necessárias aos casos mais graves).
Vislumbrando novamente a necessidade de lockdowns – medida com forte impacto na economia adotada por vários países no primeiro semestre, o mercado financeiro reagiu negativamente.
“O vírus circula em velocidade não antecipada nem pelas previsões mais pessimistas [...] Estamos todos na mesma posição: invadidos por uma segunda onda que será sem dúvidas mais difícil e mais mortal do que a primeira.”
As novas quarentenas
França
O governo francês de Emmanuel Macron decretou uma nova quarentena até pelo menos 1º de dezembro (com revisão a cada 15 dias). Após este período houve uma pequena flexibilização para igrejas e alguns estabelecimentos culturais, com limite de pessoas e medidas restritivas.
Em preparação para o Natal a França impôs um suposto toque de recolher que entrou em vigor no dia 15 de dezembro que incluirá a noite do ano novo, com o objetivo de conter o aumento dos casos de COVID-19.
Alemanha
O governo alemão de Angela Merkel conseguiu um acordo com os governadores do país para impor medidas sanitárias nacionais - chamadas pela imprensa de “lockdown light”. De 2 até 30 de novembro, restaurantes, bares, teatros e academias ficaram fechados. Ficou proibida a presença de público em eventos esportivos, incluindo o Campeonato Alemão de futebol (Bundesliga). Supermercados, lojas, escolas e creches continuaram abertos. Também teve medidas regionais. Em Berlim, por exemplo, bares ficaram fechados às 23h e as reuniões com mais de cinco pessoas foram proibidas. Na região da Baviera, as autoridades colocaram dois distritos sob lockdown estrito.
No dia 16 de dezembro a Alemanha foi fechada, até a data de 10 de janeiro de 2021 todo o comércio não essencial, interrompendo a temporada de compras de Natal para tentar conter a propagação da COVID-19, em alta no país. As escolas ficarão fechadas no mesmo período, o que significa a ampliação de férias estudantis que coincidem com as festas de final de ano.
Angela Merkel disse: “em razão das compras de Natal, o número de contatos sociais aumentou consideravelmente. Há uma necessidade de agir urgentemente”.
Atitude corajosa e transparente, além de proteger sua nação. Pena que não tenhamos líderes deste quilate. Merece todo o apoio e admiração.
Espanha
O governo nacional do premiê Pedro Sánchez (primeiro-ministro) declarou estado de emergência e ordenou o início de um toque de recolher entre 23h e 6h em todo o país, exceto nas Ilhas Canárias, onde o número de casos novos é menor.
No dia 16 de dezembro o primeiro-ministro da Espanha também alertou uma preocupação com o aumento dos números da pandemia, e destacou que se necessário irá propor o endurecimento das medidas.
Itália
O governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte já havia determinado que entre 26 de outubro a 24 de novembro, impôs recriações para bares e restaurantes de todo o país só puderam ficar abertos até às 18h. Academias, piscinas, teatros e cinemas também não puderam abrir.
Mas com a proximidade do Natal o primeiro-ministro da Itália reforçou a necessidade de novas medidas prevendo um lockdown parcial para a contenção da pandemia, que podem durar de 24 de dezembro à 2 de janeiro.
Como vimos, na Europa os líderes não estão brincando, pois já conhecem o efeito letal da COVID–19 quando não há medidas rígidas de restrição e mobilidade social.
Primeiro Mundo sem leitos de UTI
A Suíça ultrapassou a Bélgica e está a caminho de ultrapassar a República Tcheca como o COVID-19 mais notório da Europa. As infecções são quase o triplo da contagem per capita na Suécia ou nos Estados Unidos e o dobro da média da União Europeia. E isso não se deve a testes extensivos. A Suíça está no mesmo nível dos Estados Unidos e média na Europa no que diz respeito à prevalência de teste. A taxa de positividade de teste do país é de 27,9%, em comparação com 8,5% na Suécia e 8,3% nos Estados Unidos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma taxa de positividade do teste acima de 5 por cento indica que o vírus está fora de controle.
O grupo de especialistas científicos que assessora o governo suíço sobre a pandemia já vem soando o alarme há algum tempo. Hospitais são projetados para funcionar fora da capacidade de UTI por 13. O desafio agora é manter as medidas profiláticas em andamento.
Em tempos normais, as celebridades e os políticos do mundo, como o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, viajavam para a Suíça para serem tratados nos hospitais de primeira classe do país. Agora, a França está se oferecendo para receber pacientes suíços do COVID-19 para dar aos hospitais do país algum espaço para respirar.
O que deu errado no país alpino, amplamente conhecido por suas ruas impecáveis e amplamente reconhecido por sua segurança, confiabilidade e boa governança? Em certo sentido, a resposta é simples: o governo suíço tem resistido a tomar as medidas restritivas necessárias para conter o vírus. As razões para essa resistência, no entanto, são um pouco mais complicadas porque os suíços há muito encobriram os motivos ideológicos que informam as políticas públicas em linguagem puramente pragmática.
Assim como a Alemanha, a Suíça saiu relativamente ilesa da primeira onda na primavera. Um bloqueio nacional cuidadosamente calibrado ajudou a conter o vírus. Mas, ao contrário de Berlim, Berna não viu o sucesso na primavera como um incentivo para continuar seguindo um curso cauteloso.
Em vez disso, o baixo número de mortos na primeira onda parecia confirmar a percepção amplamente aceita da Suíça como um “caso especial” - um país único, divorciado das desgraças do mundo. No século passado, a Suíça nunca viveu uma guerra ou uma grande catástrofe natural. Neste século, os suíços não sofreram um ataque terrorista e suas carteiras mal sofreram com a crise financeira global. O país alpino está imune à crise global - ou assim os suíços acreditam ser a lição da história.
A pandemia não parecia ser diferente. Ao contrário dos belgas ou dos franceses, os suíços sabiam como controlar o vírus - pelo menos, esse era o clima. As ordens do governo aos suíços foram claras: vamos nos concentrar em fazer a economia voltar a funcionar.
Após a primeira onda, a Suíça relaxou as medidas do COVID-19 mais rápido e mais do que outros países europeus e os Estados Unidos. Bares e clubes mais uma vez abriram suas portas. Não havia obrigação de usar máscaras dentro de casa. A agência suíça de promoção do turismo reiniciou sua campanha na TV francesa. Em 1º de outubro, Berna até suspendeu a proibição de eventos com mais de 1.000 pessoas. Os suíços passaram o início do outono vivendo como se nada tivesse acontecido.
Mas mesmo agora, como o governo reconhece que a situação da saúde é crítica, ele ainda não se impôs a determinar um “bloqueio suave” como a maioria dos governos europeus fez. Uma pesquisa da Escola de Governo Blavatnik da Universidade de Oxford mostra que as medidas anticoronavírus da Suíça ainda são muito mais flexíveis do que no resto da Europa e nos Estados Unidos - e apenas ligeiramente mais restritivas do que na Suécia.
Um obstáculo é o federalismo em um país que já é pequeno. Após a primeira onda, o governo federal deu aos 26 cantões suíços a competência para introduzir suas próprias medidas de contenção. Mas esses cantões geralmente minúsculos (o menor apenas cobre uma área com metade do tamanho de Manhattan) hesitam em agir. Como político local, como você pode explicar para o dono de um restaurante que ele precisa fechar a loja se seu colega que mora a cinco minutos de carro ainda pode servir? E o fato de os cantões serem responsáveis pelos custos financeiros das decisões do COVID-19 que tomam também não ajuda.
Mas o maior problema é que tomar medidas mais restritivas não se enquadra na filosofia de governo pequeno da Suíça.
Carentes de recursos naturais e poucas terras cultiváveis devido à sua topografia montanhosa, os suíços tradicionalmente reconhecem o comércio como seu único caminho para a prosperidade. O papel restrito do Estado na vida pública também é o resultado da criação do país a partir de uma colcha de retalhos de países anteriormente independentes. A principal motivação para a federação desses cantões não foi o amor fraternal ou a construção de um Estado-nação europeu. Era para evitar que um dos impérios do continente fosse varrido e salvaguardar o máximo possível de soberania cantonal.
Na Suíça, com um fraco Estado central e dependência do comércio, os negócios reinam há muito tempo. Desde 1848, o governo federal de Berna tem sido dominado por partidos pró-negócios. Não há salário-mínimo e pouca proteção ao emprego. O federalismo fiscal alimenta a competição fiscal acirrada entre os cantões. O envolvimento do governo na economia é geralmente mal visto.
Hoje, os suíços estão profundamente interessados em iniciativas econômicas pessoais. Sessenta e sete por cento dos suíços votaram contra o acréscimo de duas semanas ao direito a férias estatuárias em 2012. O país lidera o ranking de horas de trabalho semanais na Europa. Nas pesquisas, os suíços indicam consistentemente que estão preocupados principalmente com os efeitos da pandemia na economia, e não com o colapso do sistema de saúde. Eles dizem que, embora os hospitais suíços já estejam adiando as operações necessárias, como a remoção de tumores para pacientes com câncer, para liberar leitos para pacientes com COVID-19.
Essa tendência para o liberalismo de mercado, o conservadorismo fiscal e uma forte ética de trabalho podem explicar o retumbante sucesso econômico do país e a atratividade para os negócios globais.
Também explica por que o ministro das Finanças da Suíça, Ueli Maurer, diz coisas como: “Não podemos nos permitir um segundo bloqueio. Não temos dinheiro para isso. “A proporção da dívida em relação ao PIB da Suíça ficou em apenas 41 por cento em 2019. O governo estima que a perda de atividade econômica e os esquemas de apoio no primeiro bloqueio significarão que o governo terá de emitir dívida no valor de 22 bilhões de francos suíços (3% PIB). Em comparação, mesmo a Alemanha frugal do ponto de vista fiscal, até agora, deve imprimir dívidas no valor de 6,4% do PIB em 2020 para financiar a luta contra a pandemia.
Ainda assim, Maurer afirma que um novo bloqueio arriscaria sacrificar a economia e as finanças públicas no altar da saúde. Há pouca resistência na mídia ou na política suíça contra essa visão. O trabalho de um ministro das finanças é manter os gastos sob controle, e não combater uma pandemia, escrevem os comentaristas. Enquanto isso, nenhum partido político ou figura política sênior pressionou publicamente o governo para introduzir um bloqueio suave.
Mas manter os negócios abertos e os cordões à bolsa bem apertados pode não ser apenas uma política de saúde ruim, mas também uma economia ruim. À medida que o medo do contágio começa a se aproximar, os suíços estão reduzindo sua vida social de qualquer maneira, mostram os dados de mobilidade - deixando restaurantes abertos, mas sem clientes.
Não há compensação entre saúde e economia, os suíços estão aprendendo tarde, mas estão! A explosão do número de casos não impediu um aumento acentuado nas insolvências de empresas.
Nesta crise, pode ser necessário fazer uma pausa na vida e em partes da economia por um tempo para se recuperar mais forte e saudavelmente mais tarde. Em uma carta aberta, 50 professores de economia imploraram ao governo suíço que finalmente introduzisse um bloqueio suave. O governo ainda hesita. Oscar Wilde observou: “Não fazer absolutamente nada é a coisa mais difícil do mundo”. Esse é um desafio ainda maior para um país que adora trabalhar.
Como pudemos observar, ver um país risco e de primeiríssimo mundo com um negacionismo monstruoso, é de chocar qualquer pessoa. Infelizmente os suíços estão aprendendo na dor, ao invés de olhar ao redor e observar as melhores práticas.
Impactos nos Mercados
A retomada da pandemia assustou o mercado financeiro, assim como aconteceu no início da primeira onda. As bolsas de todo o mundo sentiram o temor dos investidores de que a retomada econômica da Europa e dos Estados Unidos seja interrompida pela reaceleração da COVID-19.
Índices que avaliam o desempenho das bolsas caíram em diversos países:
• Em São Paulo, o Ibovespa caiu 4,25%;
• Em Paris, o CAC 40 caiu 3,37%;
• Em Londres, o FTSE 100 caiu 2,55%;
• Em Nova York, o Dow Jones despencou 3,34%, o S&P 500 recuou 3,52%, e o Nasdaq perdeu 3,73%.
Diante das incertezas, o real se desvalorizou frente ao dólar. O Banco Central precisou fazer um leilão, em outubro, de US$ 1 bilhão para conter o preço da moeda americana. Ainda assim, o dólar fechou o dia em forte alta, de 1,39%.
O dólar chegou a R$ 5,74, hoje 14 de dezembro está a R$ 5,12. A moeda fechou o mês de outubro numa alta de 2,13%. O dólar não ultrapassava R$ 5,75 havia cinco meses. No ano de 2020, a moeda acumula valorização de mais de 40%.
A situação do Brasil
Atualmente, o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de mortes, atrás apenas dos Estados Unidos. Em número de contaminações registradas, é o terceiro, atrás de Estados Unidos e Índia. O gráfico 2 demonstra nossa situação em 13 de dezembro de 2020.
Nossa taxa de letalidade em relação ao mundo não está elevada, conforme demonstra os gráficos 3 e 4.
Temos uma situação instável, pois 82% dos estados brasileiros (22 estados) se encontram, na Matriz de Criticidade no nível elevado. Resultado entre o cruzamento do índice de infectados x número de leitos de UTI ocupado.
Nosso indicador relativo é de:
por um milhão de habitantes.
Matriz de Criticidade em Relação a incidência de Leitos de UTI x Incidência Nacional, do dia 13 de dezembro de 2020. Fonte: Software INTERISK
Quanto a evolução da taxa de reprodução – Rt, velocidade que a pandemia possui na sua transmissão, o Brasil já esteve em situação pior, onde tínhamos 03 estados com Rt acima de 1,5. O que significa pandemia descontrolada. Hoje temos 25 estados com a Rt acima de 1,00; 01 estado abaixo de 1,00 – Acre e 01 estado acima de 1,5 - Sergipe. Nossa média de Rt Brasil, do dia 13 de dezembro de 2020 é de 1,19. O que significa que a pandemia, a nível Brasil ainda está acelerada, mas não descontrolada. A Matriz abaixo mostra o cruzamento do nível de criticidade x a taxa de transmissão – Rt, do dia 13 de dezembro de 2020.
Média Brasil em 13/12/2020
Matriz de Cruzamento Rt x Criticidade do dia 13 de dezembro de 2020. Fonte: Software INTERISK
Ressaltando que 82% dos Estados Brasileiros estão com velocidade acelerada. Posição do Brasil ainda é desconfortável.
Conclusão
Fica transparente a necessidade do Brasil ainda tomar medidas profiláticas, evitando desta forma que a pandemia saia de controle. Neste final de ano de 2020, onde iremos comemorar as festas natalinas e a passagem do ano, é dever de cada cidadão se conscientizar para não fazer festas com grande número de pessoas, utilizar máscaras o tempo todo, higienizar as mãos e manter o distanciamento social.
Sabemos que, para nós brasileiros, é muito mais difícil este isolamento, mas é necessário enquanto não tivermos os imunizantes. Melhor comemorar a distância, mas falando com a pessoa querida do que ter que ir a um enterro ou velório destas mesmas pessoas.
O que posso dizer neste final de artigo, sobre a pandemia é que temos que evitar o negacionismo e NUNCA DEIXAR NINGUÉM PARA TRÁS.