
O Gestor de Riscos na era das incertezas: Atuação Estratégica diante dos Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial
Enoque Xavier, MBA, MBS
Especializado em Gestão de Riscos – Master Business in Administration – MBA pela FGV – Fundação Getúlio Vargas.
Gerente em Gestão de Riscos da Brasiliano INTERISK
Novembro - Dezembro | 2025
Vivemos um momento em que a incerteza deixou de ser exceção para se tornar o pano de fundo permanente dos negócios. As conclusões recentes do Fórum Econômico Mundial (WEF) reforçam que os riscos mais relevantes da década, eventos climáticos extremos, tensões geopolíticas, ciberameaças, pressões socioterritoriais, perda de confiança institucional e volatilidade econômica, são sistêmicos, interconectados e altamente imprevisíveis.
Para quem atua em gestão de riscos, especialmente em setores sensíveis como indústria química, agronegócio e finanças, esse cenário impõe um novo nível de complexidade. Dados históricos já não explicam o futuro. Projeções estáticas perdem relevância. E decisões precisam ser tomadas em ambientes onde a ambiguidade é a regra.
Os desafios reais do gestor de riscos hoje
No dia a dia, observamos desafios comuns:
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Falta de previsibilidade: os ciclos de risco encurtaram, exigindo monitoramento contínuo;
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Informações fragmentadas: ainda é comum que evidências, controles e análises estejam dispersos em planilhas;
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Cultura organizacional reativa: grande parte das empresas responde ao risco somente após o problema ocorrer;
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Pressão sobre equipes: liderar pessoas em cenários de tensão, urgência e incerteza exige habilidades que vão além da técnica.
Nesse contexto, o gestor de riscos precisa atuar como integrador, comunicador e agente estratégico e não apenas como analista ou auditor.
O papel das normas modernas e dos frameworks de resiliência
Normas como ISO 31000, COSO ICIF, COSO ERM, IFRS S1/S2 e a nova ABNT NBR ISO/TS 31050:2025 ajudam a estruturar o pensamento crítico necessário para esse novo cenário. Elas orientam a priorização, a tomada de decisão e a construção de uma cultura de resiliência, mas não substituem o julgamento profissional.
Essas normas confirmam que a gestão de riscos deve estar conectada à estratégia, ao desempenho e ao apetite de risco. O gestor passa a atuar como um arquiteto de resiliência, responsável por dar coerência ao processo e antecipar tendências.
Como a Metodologia Brasiliano acelera maturidade
A Metodologia Brasiliano, amplamente difundida e aplicada em diferentes setores, contribui fortemente nesse contexto ao:
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Integrar riscos estratégicos, operacionais e positivos;
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Organizar fatores, consequências, controles e KRIs;
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Facilitar decisões baseadas em evidências;
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Potencializar o uso de plataformas com o Software INTERISK, que centralizam informações e ampliam a governança.
Essa combinação entre método, tecnologia e visão estratégica dá ao gestor a capacidade de transformar a gestão de riscos complexos em ações simples e efetivas.
O gestor como líder e catalisador de valor
A liderança em riscos exige hoje habilidades que vão além da técnica. Envolve:
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Traduzir incertezas em mensagens claras para os executivos;
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Engajar áreas que não enxergam a gestão de riscos como prioridade;
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Promover uma cultura de accountability, em que cada área entende e assume sua responsabilidade sobre riscos, decisões e resultados;
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Estimular o pensamento crítico e antecipatório nas equipes.
Gerenciar riscos, portanto, é gerenciar pessoas, conversas e percepções, não apenas matrizes e indicadores.
Conclusão: protagonismo em tempos de incerteza
A Era das Incertezas exige gestores de risco adaptativos, estratégicos e colaborativos. À medida que os riscos globais se tornam mais complexos, aumenta também a responsabilidade das organizações em se preparar para cenários adversos e oportunidades emergentes.
A combinação entre normas modernas, inteligência de dados, metodologias consolidadas e ferramentas como o Interisk cria o ambiente ideal para que o gestor deixe de ser um “previsor de problemas” e se torne um agente de valor, resiliência e vantagem competitiva.
No mundo atual, não basta reagir. É preciso antecipar, integrar e liderar.
À medida que as incertezas ganham novas camadas e comportamentos, torna-se essencial ter ao lado parceiros capazes de interpretar sinais fracos e transformar dados em direção estratégica. A Brasiliano INTERISK, com sua experiência consolidada, metodologia própria e soluções integradas, apoia organizações na construção de processos de gestão de riscos mais robustos, inteligentes e conectados à estratégia. Se a sua empresa busca elevar sua maturidade, fortalecer a governança e transformar complexidade em vantagem competitiva, estamos preparados para apoiar essa jornada com rigor técnico e visão de futuro.
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