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Por que é importante conhecer as consequências da materialização dos riscos?

Décio Luís Schons,  CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva. Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK

Novembro - Dezembro | 2025                                                                                                                                                    

 

Um aspecto pouco enfatizado no processo de gestão de riscos corporativos é a importância de, logo após ter sido feita a determinação dos riscos relevantes em função dos impactos que podem causar à organização, que se estabeleçam com precisão todas as possíveis consequências que a materialização desses riscos poderá acarretar.

A razão para essa ênfase está diretamente ligada à necessidade de estabelecer a priorização eficaz dos esforços de prevenção e mitigação dos riscos, de modo a tomar decisões bem fundamentadas e assim contribuir para que a organização atinja seus objetivos. 

A priorização eficaz é feita a partir da avaliação do impacto (consequência) de cada risco, combinada com a probabilidade de que esse risco venha a se materializar. Dessa maneira, pode-se classificar os riscos e concentrar recursos (normalmente limitados) naqueles que representam as maiores ameaças aos objetivos organizacionais.

A tomada de decisões bem fundamentadas decorre, normalmente, do claro entendimento das consequências da concretização de cada risco. Esse entendimento abre aos gestores a possibilidade de tomar decisões ponderadas sobre a ação a ser adotada em relação a cada risco: evitar, aceitar, mitigar ou transferir. Dessa forma, são deixadas de lado as linhas de conduta calcadas em suposições inadequadas e que podem conduzir a equívocos de consequências imprevisíveis.

Na verdade, a plena consciência da magnitude do dano potencial do risco visualizado é que permite aos decisores desenvolver planos de ação e estratégias de resposta (mitigação ou contingência) proporcionais à ameaça. Assim, por exemplo, um risco com alta probabilidade de se materializar e gerar um impacto de vulto exige medidas preventivas ou corretivas mais robustas do que um risco de impacto leve e baixa probabilidade de concretização. Ao antecipar e entender o potencial de perdas decorrentes de um risco, a organização pode tomar medidas para evitar prejuízos financeiros significativos e minimizar a interrupção das operações, garantindo assim a continuidade do negócio.

Outra ação estratégica que depende fundamentalmente do entendimento das consequências visualizadas caso o risco se materialize é a definição do Apetite ao Risco, ou seja, a determinação consciente do nível e do tipo de risco que a organização está disposta a assumir na busca de seus objetivos.

A comunicação transparente e eficaz com as partes interessadas, os stakeholders, é facilitada sobremaneira pelo conhecimento apurado das consequências da materialização dos riscos, pois transmite a todos a plena compreensão da seriedade dos riscos e da lógica que orienta as ações de gestão de riscos propostas. 

A análise das consequências transforma o estudo de riscos “abstratos” em cenários concretos, facilitando a compreensão por parte de todos os envolvidos e aumentando a confiança nas decisões tomadas pela Alta Direção. Consequências graves, como a paralisação de operações ou a perda de clientes, só podem ser prevenidas ou mitigadas com eficácia se forem antecipadas e avaliadas corretamente.

A falta de uma avaliação adequada das consequências dos riscos leva com frequência as organizações a experimentar perdas financeiras muito sérias, trazendo de arrasto sérios impactos sociais e ambientais. Tudo isso pode acarretar danos irreversíveis à reputação da empresa, levando-a até mesmo à falência e ao consequente encerramento de suas operações.

Vimos assim que o conhecimento apurado das consequências da concretização dos riscos é um dos pilares da gestão de riscos nas organizações. Não basta determinar a existência do risco. Muito mais que isso, é essencial compreender em sua plenitude o impacto que ele pode gerar.

Em resumo, a análise aprofundada das consequências faz com que a gestão de riscos deixe de ser um exercício teórico para transformar-se em uma prática estratégica e proativa que protege o valor da organização e aumenta significativamente a probabilidade de sucesso dos projetos e operações por ela desenvolvidos. A partir dessa realidade, podemos afirmar com segurança que o pleno conhecimento das consequências das ameaças é o que, em última análise, dá sentido à gestão de riscos.

À medida que as organizações buscam compreender, em maior profundidade, as consequências que cada risco pode desencadear, torna-se essencial contar com ferramentas e metodologias capazes de dar precisão, rastreabilidade e coerência ao processo decisório. A Brasiliano INTERISK, unindo experiência técnica, abordagem estruturada e tecnologia aplicada, oferece suporte para transformar análises complexas em ações claras, integradas e efetivas. Com soluções como o Software INTERISK e uma metodologia consolidada no mercado, apoiamos empresas na construção de processos de gestão de riscos mais maduros, consistentes e alinhados à estratégia. Para conhecer como essa abordagem pode fortalecer sua organização. Solicite uma demonstração aqui!

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